Mas ele é pelado assim, mesmo?

14/01/2016 Diversos

Mas ele é pelado assim, mesmo? Essa é uma pergunta frequente que costumamos ouvir em qualquer passeio com um Cão de Crista Chinês Hairless (pelado) num parque, praça ou via pública. A curiosidade sobre esses cães exóticos e incomuns é tamanha, que poucos conseguem ser indiferentes à passagem deles.

A resposta à pergunta acima é sim, eles são realmente pelados, mas é preciso salientar que além de existir uma outra variedade do Cão de Crista Chinês, o Powderpuff, com o corpo totalmente coberto de pelos, a própria variedade Hairless também tem suas sub-divisões, digamos assim…

Os pelados podem ir do True Hairless, quase que completamente peladinhos, só com uma “peruquinha” na cabeça (crista) e também uma pelagem um tanto escassa nas meias e cauda, passando pelo Hairy Hairless, até o Very Hairy Hairless, que apesar de serem geneticamente pelados, costumam ter a crista, meias e cauda com uma pelagem vasta e um visual muito mais exuberante e atraente, mas que por outro lado necessitam de tosa e manutenção constantes, para retirada de pelos em outras partes do corpo (como p.ex., o dorso), onde tal pelagem não é desejada. Se forem cães que costumam participar de exposições cinófilas isso é praticamente obrigatório. Neste caso, costuma-se tosar o focinho, as orelhas e, no caso dos Hairy Hairless e Very Hairy Hairless, a tal faixa de pelos no dorso, a qual nos referimos acima.

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Já os powderpuffs (peludos) irão requerer algum esforço no que se refere aos cuidados com a pelagem. Eles geralmente precisam de escovação diária e, eventualmente de tosa nas orelhas, focinho e pescoço. Os pelados (hairless), por sua vez, exigem certos cuidados com a pele. Recomenda-se o uso de filtro solar, banhos frequentes, hidratantes, esfoliação, etc. Como são pelados e têm a pele descoberta, não devem ficar expostos ao sol forte, posto que podem desenvolver queimaduras. Os pelados também costumam sentir frio, de modo que no inverno, quando as temperaturas tendem a cair, é sempre bom mantê-los agasalhados, com roupinhas apropriadas, especialmente para dormir.

Em 2008, uma equipe de cientistas europeus, liderada por Tosso Leeb, da Universidade de Berna, na Suíça, foi à procura das raízes genéticas da falta de pelos em determinadas raças caninas. A ocorrência da escassez de pelo e da dentição anormal, incompleta, nestes animais, é conhecida como displasia ectodérmica canina (CED) e é característica dos Chinese Crested, Pelado Mexicano e Pelado Peruano e do American Hairless Terrier (raça recém reconhecida pelo AKC). O gene responsável por esta mutação chama-se FOXI3.

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